Bem sabemos que as correntes do livre-pensamento, se não têm andado amordaçadas, raramente são olhadas de frente e à luz da razão pelas pessoas.
Se repararem no comportamento de um cristão durante uma discussão acerca de assuntos "quentes" como os milagres, a origem do cristianismo, o seu valor pernicioso para a humanidade... Que nervosos e inquietos ficam ao
ouvir os nossos argumentos válidos, uns tapam os ouvidos, outros citam meia Bíblia em passagens, batendo sempre na mesma tecla, outros há que evitam sequer qualquer discussão. Que temem eles em nós? Temem que lhes abalemos a sua fé vazia? Temem que os façamos acreditar que o futuro da humanidade repousa unicamente nas suas mãos, e que precisam de encher-se de força de espírito para pegar nas rédeas da sua existência? Mas se temem as conclusões "heréticas" a que os possamos levar em debates leais e dialécticos, não será esse receio já a aceitação de que a sua crença pode cair pelos alicerces, que está assente em dogmas quebradiços? Temem ofender um deus que suspeitam não existir?
